Síndrome do Olho Seco
O que é a Síndrome do Olho Seco?
A síndrome do olho seco é um dos distúrbios oculares que mais afetam a população geral. Ocorre quando o filme lacrimal se torna instável, por défice de produção ou aumento da sua evaporação, e deixa de cumprir as suas funções importantes na lubrificação e proteção ocular.
Trata-se de uma doença multifatorial que está frequentemente associada a fatores ambientais (ambientes secos e poluídos, exposição a sistemas de aquecimento ou ar condicionado, uso de computador) e desempenho de tarefas que exigem concentração, como leitura (diminui o pestanejar). Os fatores de risco estabelecidos para o olho seco são:
- Idade avançada;
- Sexo feminino / fatores hormonais (défice de androgénios);
- Uso de lentes de contacto;
- Défice de vitamina A e ómega-3;
- Disfunção das glândulas de meibómios (presentes nas pálpebras);
- Doenças do tecido conjuntivo e autoimunes (como artrite reumatoide e Sjögren);
- Fármacos (antidepressivos, ansiolíticos, etc.).
Quais são os sintomas de olho seco?
Embora existam vários sintomas associados ao olho seco, um dos principais é o lacrimejo excessivo. Pode parecer confuso que um olho com lacrimejo excessivo seja um olho seco, mas o que acontece é que esse aumento reflexo do lacrimejo acontece para tentar compensar a instabilidade do filme lacrimal. Na verdade, a síndrome do olho seco poderia chamar-se “disfunção do filme lacrimal”. Outros sintomas frequentemente associados à disfunção do filme lacrimal incluem:
- Sensação de ardor ocular;
- Sensação de picada;
- Sensação de areia ou corpo estranho;
- Visão turva e instável;
- Vontade de coçar os olhos;
- Pestanejo frequente;
- Olho vermelho;
- Intolerância às lentes de contacto.
De notar que a síndrome de olho seco pode ser confundida com outras doenças oculares (como conjuntivite alérgica ou infeciosa). Só um médico oftalmologista poderá fazer o diagnóstico desta doença e prescrever o tratamento mais adequado.
Tratamento Olho Seco
Dependendo das causas, existem vários tratamentos para a síndrome do olho seco. A base do tratamento é a lágrima artificial, que deve ser de uso frequente e sem conservantes. A esta podem ser adicionados adjuvantes como:
- Otimização da higiene palpebral;
- Fármacos de ação mais prolongada, em gel ou pomada;
- Fármacos anti-inflamatórios como os corticosteróides tópicos ou a ciclosporina;
- Ciclo de antibióticos;
- Utilização de óculos de câmara húmida;
- Intervenções com luz pulsada;
- Intervenções para a preservação lacrimal, como plugs para obstrução dos pontos lacrimais.
A melhor terapêutica deverá ser individualizada a cada caso e planeada pelo oftalmologista.