O estrabismo é um problema da visão que ocorre em cerca de 4% da população. Muitas vezes, são os familiares de uma criança com estrabismo os primeiros a detetarem o desalinhamento dos seus olhos, em que um dos globos oculares não gira em direção ao objeto que está a ser focado. Se não for tratado, este desalinhamento pode ter consequências para a visão, fazendo com que o olho desalinhado perca a visão e impedindo a pessoa de ter uma visão com profundidade.
Como olhamos
O movimento dos olhos depende de músculos que controlam os globos oculares. “O movimento ocular faz-se através de seis músculos extraoculares: dois retos horizontais, dois retos verticais e dois oblíquos superior e inferior que com a combinação das várias ações de cada músculo permitem que os olhos se movam de forma coordenada nas diferentes direções do olhar”, explica Dr.ª Rosário Varandas, oftalmologista do Hospital Lusíadas Porto e da Clínica Lusíadas Gaia.
Na maioria das pessoas, os dois globos oculares movem-se sincronizadamente para onde quer que esteja o foco do olhar. No cérebro, haver informação centrada no mesmo ponto mas que chega pelos dois olhos é importante. Com os dois conjuntos de informação, o cérebro elabora uma imagem tridimensional do campo de visão que permite ver em profundidade. No estrabismo, esta qualidade está comprometida.